Quanto ao resto

Houveram coisas de que não gostei. O espaço podia ter sido melhor aproveitado, geraram-se filas tremendas para tudo, para cerveja, para cachorros, para hamburgueres, para as pitas, as pitas shoamas (é assim?)... mas enfim, até se compreende. Estiveram cerca de cinquenta mil pessoas ontem no recinto. Outra coisa de que não gostei foi do preço do merchadising... 30 Euros por uma t-shirt dos Pixies? 35 Euros por uma do Lenny Kravitz? 30 Euros por uma t-shirt dos Massive Attack? 15 Euros por uma t-shirt do Festival? Parece-me caro... Os concertos vou dividi-los em aqueles que gostei e os que não gostei ou não prestei atenção... Não prestei atenção ao André Indiana... nem aos Clã... e aos Pluto também não... Também haviam lá uns Hundred Reasons... também não lhes prestei atenção... gostei muito dos X-Wife, deram um concerto de 25 minutos estonteante. As músicas ganham uma força tremenda ao vivo. Não gostei dos Loosers... gostei muito dos Wray Gunn, apenas prejudicados pela ansiedade em crecendo á medida que iam tocando ia-se aproximando a hora dos pistoleros Pixies. O Lenny Kravitz é um metrosexual que toca guitarra, toca-a bem, diga-se, dá um concerto de qualidade, mas perde-se em devaneios nos quais o público entedia. Típico caso onde o músico tira mais prazer da jam e do improviso do que o público que o escuta. Os Massive Attack não tiveram um bom som, demasiado cru e despido. Mas claramente a pedir um espaço de dimensões mais reduzidas. E com isto tudo já eram quatro da manhã, o corpo já dorido, a cerveja a faltar, a barriga a pedir sustento...e eis que entra em palco Fatboy Slim... e a loucura recomeçou. Convém referir que ele não estava lá o Fatboy Slim músico, mas o Fatboy Slim DJ... e que set estrondoso, duas horas e tanto a dar forte e feio com batidas a levar as pessoas à exaustão e ao esgotamento da cerveja... ah, e da água... Depois o sol nasceu, a música acabou, o festival acabou e todos foram para felizes e contentes da vida. Afinal, os Pixies renasceram...