Estranha apatia

Desde que terminaram os dois ciclos eleitorais, o nosso país entrou numa espécie de calma apática. Terminou o rebuliço, terminaram as acções de campanha, os líderes políticos quase que desapareceram da televisão, quase que mudámos de país sem nos apercebermos.

O importante agora é voltar a falar em força da gripe A. É necessário manter este povo entretido com uma questão que sempre me pareceu exageradamente empolada pelos meios de comunicação social e, naturalmente pelas empresas que mais poderiam e que irão lucrar com todo este clima de alarme social em redor da Gripe A.

Claro que todo este alarme trouxe aos portugueses um conjunto de boas práticas a nível de higiene como nunca se viu no nosso país, mas será que os iremos manter depois de toda esta arrufada? Provavelmente.

Interessante serem as crianças quem mais consegue colocar em prática muitos dos cuidados com que fomos bombardeados. Recordo-me da conversa que tive com um amigo, que tendo espirrado para as mãos, levou uma valente reprimenda da filha, que lhe explicou de forma autoritária e solene como agora devemos espirrar para o cotovelo, evitando o envio de gotículas para as mãos e diminuindo assim a possibilidade de contágio!!!

Quanto a mim, sou da opinião que no pico da época da gripe, dificilmente se fará distinção entre a gripe sazonal e a gripe A. Sinceramente, nem me preocupa assim tanto. Cuidados devemos sempre ter e tê-los presente. Alarmismo e cegueira devemos evitar e tentar manter, isso sim, o raciocínio lógico de que é uma gripe quase tão igual à sazonal.