Dolce Fare Niente

Certas coisas nunca mudam. O nosso lema será uma delas. "Honesto estudo com muito vinho misturado"

domingo, outubro 30, 2005

Passividade e nostalgia

Passividade pela forma que o manifesto de Mário Soares se apresenta, digamos que é pelo seu profissionalismo

Nostalgia porventura das noites de brandy na mão acompanhado pelas inúmeras revistas de agências de viagem

Vá-se deitar avozinho e deixe fazer quem quer andar para a frente!

sexta-feira, outubro 14, 2005

Queremos mais

As eleições, ou a forma como os amarantinos mandaram passear o Avelino

Talvez os meios de comunicação sejam mesmo os responsáveis, mas isso mais não será do que dor de corno de quem estava habituado a ganhar a qualquer custo. E quando digo que os meios de comunicação são responsáveis, digo-o por terem publicado notícias que relatavam todas as actividades menos lícitas praticadas por tal individualidade. Dito de outra forma, quem anda à chuva molha-se... Que foi o que aconteceu com o Avelino.
Quanto aos restantes candidatos a braços com a justiça, os mais mediáticos, a cegueira da população de Felgueiras, que reconduziu a Dona Fátima no seu cargo, surpreende-me pela negativa. Falta, como é óbvio, conhecer Felgueiras, a sua realidade, as suas gentes para conseguir perceber minimamente os contornos de tal reeleição. Mas que me chocou, lá isso chocou. Porque, ao contrário do que apregoa, Fátima Felgueiras fugiu à justiça de forma premedita, mudou de penteado, mudou o tom de pele, viveu "numa boa" na praia de Copacabana e no Bairro da Tijuca e regressa agora ao país e à sua terra como uma heroína para as suas gentes... Palavras para quê?
No meu burgo, Narciso Mota foi claramente reconduzido para o seu quarto mandato como Presidente de Câmara. Espero que lidere uma equipa que se faça merecedora da confiança inequívoca que lhe foi dada pela população do concelho. E como eu não acredito em caça às bruxas, espero também que a oposição desempenhe o seu papel, não de contestação, mas de criatividade e de auxílio à governação, pois também foram eleitos para governar. Governem então.
Sobre a extrapolação dos resultados destas eleições como um possível cartão amarelo à política de redução de custos, dos cortes nos benefícios fiscais, não me parece que isso tenha acontecido. Aconteceu há quatro anos com o Governo de Guterres, mas não aconteceu agora com o Governo de Sócrates. Por uma simples razão: é que os resultados destas eleições não diferiram, no essencial, dos resultados registados há quatro anos. Ou seja, o PSD manteve as principais Câmaras do país, que ganhou há quatro anos e o PS manteve praticamente o mesmo número de Câmaras de há quatro anos. Creio que houve, isso sim, o reconhecer do trabalho desenvolvido pelos autarcas eleitos há quatro anos, que mereceram o voto das suas populações. O cartão amarelo terá ficado no bolso. Esse só vai surgir nas várias manifestações que estão marcadas e mesmo a decorrer durante os tempos que se seguem.
E para final uma questão, porque é que as sondagens sobre as presidenciais apresentam um candidato que não o é? Se ainda não se assumiu como candidato, não faz sentido o seu surgimento nelas... Digo isto porque aconteceu o contrário com o Manuel Alegre, que tendo sido referido como possível candidato do PS antes da apresentação da candidatura de Soares, praticamente não surgiu em nenhuma sondagem antes das suas críticas sobre essa situação de desprezo das sondagens no seu nome e da sua posterior pseudo-apresentação como candidato à Presidência da República.