domingo, abril 01, 2012
terça-feira, junho 28, 2011
A condição Humana
Sobre este episódio, li no facebook, um post dum amigo que se insurgia contra todo o mediatismo dado ao acidente do Angélico.
Insurgiu-se contra a imagem de vítima dada pela comunicação social, quando era ele o condutor, em excesso de velocidade, sem cinto de segurança, sem seguro no carro, tendo causado a morte a um dos ocupantes e estando outro em estado muito grave.
Pode ser uma estrela, pode ser uma figura pública conhecida e reconhecida, mas esse "status" não lhe deve retirar a responsabilidade do sucedido...
Como disse o meu amigo, "Se fosse outra pessoa as manchetes seriam «CONDUTOR EM EXCESSO DE VELOCIDADE,SEM SEGURO E SEM CINTO PROVOCA UMA VITIMA MORTAL!»"
Pulso Firme e Força de Vontade
Concordo porque considero que um espaço de opinião política não se deve tornar num espaço de divulgação e nomeação política, como o Professor Marcelo tentou fazer... Fica-lhe mal e acabou por custar o lugar ao BB.
Já em relação à viagem de PPC para o Conselho Europeu em classe económica, mostra que o exemplo terá de vir de cima. Quanto a isso nada a dizer. A maior dificuldade será a de conseguir manter este padrão de comportamento e a coerência de poupança a que todos estamos obrigados nestes tempos mais difíceis. Mas o precedente está aberto e serão muitos os "abutres" atentos a qualquer deslize que possa surgir... E à primeira oportunidade não hesitarão em atacar!!! Para estes ataques sugiro a utilização de uma armadura à prova de bicadas e ouvidos de mercador...
sábado, outubro 23, 2010
Ouçam com atenção:
O novo disco do Paulo Praça. Boa música, portuguesa (para quem acha importante a origem da música, mais do que a música em si), e que fica no ouvido… A descobrir para quem não conhece.
Para quem conhece, ouçam porque é mesmo do melhor fado que se criou nos últimos tempos. Estou a falar do novo disco do Camané – Do amor e dos Dias. Provavelmente já devem ter ouvido esta música na rádio, da qual transcrevo a letra. Vejam se a reconhecem:
Guerra das Rosas
Partiste
Sem dizer adeus nem nada
Fingiste
Que a culpa era toda minha
Disseste
Que eu tinha a vida estragada
E eu gritei-te da escada
Que fosses morrer sozinha
Voltaste
E nem desculpa pediste
Perguntaste
Porque é que eu tinha chorado
Não respondi
Mas quando vi que sorriste
Eu disse que estava triste
Porque tu tinhas voltado
Zangada
Esvaziaste o meu armário
E em nada
Ficou meu disco preferido
De raiva
Rasguei o teu diário
Virei teu saco ao contrário
Dei-te cabo de um vestido
Queimaste
O meu jantar favorito
Deixaste
O meu champanhe azedar
E quando
Cozinhei o periquito
Para abafar o teu grito
Eu comecei a cantar
Fumavas
Eu nem suportava o cheiro
Teimavas
Em me acender um cigarro
E quando
Tu me ofereceste um isqueiro
Atirei-te com o cinzeiro
Escondi as chaves do carro
Não queria
Que visses televisão
Em dia
De jogos de Portugal
Torcias
Contra a nossa selecção
Se eu via um filme de acção
Tu mudavas de canal
Tu querias
Que eu fosse contigo ao bar
Só ias
Se eu não entrasse contigo
Saía
Pra não ter de te aturar
Tu ficavas a dançar
Com o meu melhor amigo
Gozavas
Porque eu não queria beber
Ralhavas
Ao veres-me de grão na asa
Eu ia
À festa sem te dizer
Nunca cheguei a saber
Se tu ficavas em casa
Tu deste
Ao porteiro roupa minha
Soubeste
Que eu lhe dera o teu roupão
Eu dei
O teu anel à vizinha
E pla estima que eu lhe tinha
Ofereceste-lhe o meu cão
Foste-te-me lendo
O teu romance de amor
Sabendo
Que eu não gostava da história
No dia
De o mandares pró editor
Fui ao teu computador
Apaguei-o da memória
Se cozinhavas
Eu jantava sempre fora
Juravas
Que eu havia de pagá-las
Põe-te na rua
Dizias-me a toda a hora
E quando eu me fui embora
Tu ficaste-me coas malas
Depois
Desses anos infernais
Os dois
Éramos caso arrumado
Achando
Que também era demais
Jurámos pra nunca mais
Foi cada um pra seu lado
No escuro
Tu insistes que eu não presto
Eu juro
Que falta a parte melhor
Um beijo
Acaba com o teu protesto
Amanhã conto-te o resto
Boa noite meu amor
Letra: Manuela de Freitas
Música: José Mário Branco
Para onde caminhamos?
Provavelmente para o abismo, num país ingovernável, cheio de políticos fracos, gente sedenta de satisfazer e manter o seu poderio económico e social… E a classe média e os menos capazes que se danem…
quarta-feira, setembro 15, 2010
!!!!!
ninguem repara que as SCUT vão ter portagens; o desemprego aumenta; o PIB cai; a economia não consegue entrar num crescimento sustentavel....e muitas outras coisas de menor importância....
realmente, o que importa isto tudo comparando com a crise de resultados benfiquista, a crise na selecção e as minudências do caso Casa Pia?
há um tipo que esta todo contente garanto, Socrates ri de contente.
Triste país, ou melhor triste gente...
comam a palha...TODA.
FCP
- os primeiros 5 jogos da liga são para ganhar, fazer pontos, o resto vem por acréscimo.
por isso digo que estou satisfeito com os resultados que se conseguiram até ao momento.
vermelhices II
mais não passa de uma tentativa cobarde de intimidação, pois para quem não sabe o benfica tem em breve jogos complicados, que no caso de os perder ditam o adeus a quase tudo...
comam palha, comam.
Vermelhices
a falta de humildade para reconhecer os erros internos levaram o benfica a anuciar um lote de palermices...
hoje almocei com um amigo de sempre que é benfiquista, diz ele:
" como é possivel a direcção do benfica tomar esta posição?!"
" é uma vergonha para todos os benfiquistas"
" não vou ver os jogos fora?! devem ser tolos, só pode..."
"nunca pensei dizer isto, mas esta direcção envergonhou mais a instituição do benfica do que o Vale e azevedo"
palavras para quê?
quem quiser rir e ao mesmo tempo ficar triste pelo nosso campeonato pode seguir aqui em baixo.
Benfica defende que Taça da Liga está fora do enquadramento legal
terça-feira, setembro 07, 2010
Finalmente
Fiquei satisfeito. Para mim, mais importante que o numero de anos que os culpados "apanharam" foi o facto de serem considerados CULPADOS, isso foi o mais importante.
Quem quiser continuar a mexer na porcaria, pode sempre consultar o site do considerado culpado Carlos Cruz, ler as baboseiras dos advogados nos jornais e nas TV, ouvir (se aguentarem) as entrevistas do senhor Marinho Pinho (uma vergonha para os advogados) ou outros que tais, pelo menos enquanto o "peixe" for vendavel. Para mim, em quanto cidadão, finalmente acabou.
Mais um erro do ps...
como é possivel?!
conheço muita gente que hoje esta licenciada ou mestrada que fez a sua formação de noite.
trabalhando de dia e estudando à noite, e com esforço conseguiram ter sucesso nos estudos e na vida.
Mas infelizmente, este governo socialista destroi tudo o que de bom ainda vamos tendo neste nosso país...e procura sempre o caminho do facilistismo, aquele que dá menos trabalho, se possivel que aumente as estatisticas e dê resultados imediatos.
Uma vergonha. Podem ler no link em baixo.
Governo vai acabar com ensino recorrente
quarta-feira, setembro 01, 2010
quinta-feira, agosto 26, 2010
Tempos "Modernos"
Não é certamente possível ter escolas e creches abertas e maternidades a funcionarem, se nascem cada vez menos crianças e Portugal tem uma das mais baixas taxas de natalidade da Europa.
Nos últimos anos, todas as políticas dominantes foram no sentido de atacar a família, de a desestruturar e de dificultar que os casais tenham filhos. Na mesma semana da notícia do fecho das escolas, foi promulgada a lei das uniões de facto. Esta lei vem no seguimento de toda uma legislação concebida para considerar a instituição familiar - ou, como escreveram Marx e Engels, a «família patriarcal-burguesa» - algo de obsoleto.
Senão, vejamos. O aborto passou a ser considerado um direito, o que teve como consequência imediata transformar-se num banal método anticoncepcional. Da legislação que existia em Portugal e que apenas pretendia evitar a prisão das mulheres que, perante um drama que por vezes acontece nas curvas da vida, partiu-se para esse caminho e os resultados estão à vista. Hoje, há jovens mulheres que banalizaram o aborto na sua vida e já realizaram dois ou três abortos legais, desde que a lei foi aprovada, em hospitais públicos, ou em clínicas espanholas. Alguns dos inspiradores da lei já vieram, alarmados, penalizar-se pelos resultados da lei que fizeram e reconhecer que nem conseguem que essas jovens passem, depois de abortar, por uma consulta de planeamento familiar. Voltam apenas, pouco tempo depois, para um novo aborto. Um direito nunca pressupõe culpa e a lei aprovada banalizou o aborto a pedido, sem drama , sem culpa, como se não existisse uma vida interrompida.
Em simultâneo, facilitou-se de tal forma o divórcio sem qualquer salvaguarda da parte mais frágil do casal: os filhos e (quase sempre) a mulher, surgindo dramas terríveis de casamentos desfeitos com um «passa bem». Os filhos vêem-se de repente transformados num fardo que circula de casa em casa, sem quarto, porque o que dá mais jeito é que uma semana «chateiem» um, outra outro e, muitas vezes, ainda rodem pelos vários avós. As crianças deixaram de ser, tantas vezes, o centro do vida familiar para se transformarem em novos nómadas e as mulheres em novos pobres, «despedidas» mais facilmente que qualquer empregado sindicalizado.
Do ponto de vista fiscal, o casamento e os filhos penalizam quem tem a ideia antiquada de casar e imagine-se? ter filhos e ter uma família. As uniões de facto estão de tal forma equiparadas ao casamento que o melhor para quem não deseja nenhum compromisso é mesmo garantir, publicamente, em notário que, apesar de solteiro, viúvo ou divorciado, vive só, assegurando que ninguém entra lá em casa. Homem ou mulher.
O casamento civil foi, assim, equiparado à união de facto, transformado num contrato a (curto) prazo, quando já tinha sido recentemente equiparado o casamento de homossexuais com o de heterossexuais. Com filhos ou sem filhos, o importante é, na ideologia dominante, acabar com a opressão da família burguesa.
Não modernas as teorias que originaram estas leis mas, felizmente, também não corremos ainda os riscos das teses extremistas do fim da família, teorizado por Marx e Engels como um objectivo de luta. Marx escreveu que «a primeira divisão do trabalho é a de homem e mulher para a procriação de filhos». Engels cita-o e acrescenta que «a primeira oposição de classes que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo de homem e mulher no casamento singular e que a primeira opressão de classe coincide com a do sexo feminino pelo masculino» (in A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, F. Engels.).
No seguimento desta teoria, nasceram as feministas radicais com a Kolontai e o ataque à família levado a cabo nos países comunistas que foi um dos maiores atentados aos direitos humanos nesses países. Na URSS, os pais não faziam férias com os filhos. Os filhos passavam férias nos Pioneiros, enquanto os pais seguiam para as férias nos sindicatos. Na China de Mao Tse-Tung, além de ser proibido pelo Estado ter mais que um filho e o aborto ser obrigatório, chegou-se ao ponto de proibir as cozinhas nas casas das famílias e de se ter de comer e cozinhar nos refeitórios comunitários. Refeitórios masculinos e femininos.
Com leis que dificultam cada vez mais ter filhos, com modelos dominantes desestruturantes da família, ainda há quem proteste por se fecharem escolas, creches, ATL, maternidades, jardins-escolas? Espantoso é que ainda haja quem seja feliz e acredite no futuro, olhando e vivendo filhos e netos.